Autor: juliano gomes
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“Já viu viado preto?” ou algumas ideias sobre Marlon Riggs
Quando era criança ouvi estas aspas do título com certa frequência, vindo de pessoas negras mais velhas, especialmente homens. Lembrei disso assistindo alguns filmes do cineasta estadunidense Marlon Riggs, no cinema do Instituto Moreira Salles, aqui no Rio. Agora em junho de 2022, todos os filmes de Riggs serão exibidos nos cinema no IMS. É […]
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Texto de apresentação dos discos Ó Nóis e Aquele Nenhum, de Romulo Fróes (2021)
Me aproximei do Romulo há uns 10 anos atrás, indo a shows, como admirador da obra mesmo. De lá pra cá ele me fez convites pra apresentar os seus discos Barulho Feio e Por Elas Sem Elas – o que muito me honra. Sou muito formado pelos discos da música brasileira, como um todo: os […]
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Aula sobre Corra! (Get Out, de Jordan Peele, 2017)
Disponibilizei em vídeo uma aula dada no âmbito do Teatro Cemitério de Automóveis . Dividi em 8 partes. São elas: 1- Sobre autoria negra 2- Culpa x trauma, racionalidade x intuição 3- (Con)tradições do cinema, (con)tradições do racismo 4- Violência e docilidade 5- Potências do não-ser 6- Cultivo da estranheza 7- Vidas negras e importação […]
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Comentário sobre o filme “É rocha e rio, Negro Léo” (Paula Gaitán, 2019) na Mostra Tiradentes 2020
No começo do ano, fui convidado para fazer uma fala inicial no debate sobre o filme “É rocha e rio, Negro Leo” (Paula Gaitán, 2019) na Mostra Tiradentes 2020, no dia 28 de janeiro.Disponibilizo a fala gravada, acompanhada de um trecho do filme. Inseri, durante o vídeo, algumas ideias e palavras-chave, para enfatizar alguns pontos.
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Ateorizando a lombra (2016)
No final de 2016, o pessoal do Cinerama, da Escola de Comunicação da UFRJ, Daniel Santiso, Lorran Dias e Max William Morais, me convidaram pra escrever um texto pra Semana Cinerama daquele ano. Tinha como tema “(re) existir”. O catálogo tá aqui. Senti uma vontade de mexer no jeito de escrever. Trabalhei dentro de uma […]
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Cinismo e abjeção ou poça clara de urina transparente -há repetição (crítica do espetáculo Compaixão. A História da Metralhadora, de Milo Rau)
*Recomendo ler meu o texto A banalidade do bem que escrevi sobre a A Repetição, do mesmo diretor. Tudo ali descrito se aplica à peça aqui em questão, e mais intensamente. O centro do teatro de Milo Rau reside no gozo da descrição da desgraça alheia e na reação da plateia que se sente incluída […]
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A banalidade do bem (Crítica do espetáculo A Repetição. História(s) do Teatro (I), de Milo Rau)
O teatro de Milo Rau se apoia no cruzamento entre a escolha de assuntos moralmente extremos (assassinatos bárbaros, genocídios) e uma meta-abordagem analítica que almeja funcionar como força de contraponto à possibilidade de exploração imoral dos acontecimentos abordados. Portanto, produz-se sempre um território movediço – onde uma sombra de exploração sádica ou fetichista sempre se […]
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Comentário sobre o filme Café com Canela
Participei, no começo do ano de 2018 de um debate sobre o filme Café com Canela. Gravei minha fala inicial e postei aqui abaixo. Pra quem se interessar, escrevi sobre o filme no ano passado http://revistacinetica.com.br/nova/mas-tinha-que-respirar/
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Dois minitextos de 2007: Tarachime (Naomi Kawase), Vers Mathilde (Claire Denis)
Conjunto de textos curtos escrito como parte da cobertura do festival É Tudo Verdade pro extinto Docblog. A flor da pele Tarachime(Naomi Kawase, Japão, 43′, cor, Beta digital, 2006) Naomi Kawase é uma premiadíssima diretora japonesa cujos trabalhos dificilmente chegam por aqui. Bola dentro do ETV que trouxe seu filme mais recente, Tarachime, para a […]